A Resolução n.º 2.336/2023 do CFM
Após um processo que durou mais de três anos, de uma consulta pública que recebeu mais de 2.600 sugestões e de muita conversa com as sociedades médicas, o plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou no dia 13 de setembro novas regras para o marketing médico.
Com o novo texto, o médico pode divulgar seu trabalho nas redes sociais, fazer publicidade dos seus equipamentos e, em caráter educativo, usar imagens de seus pacientes, ou de banco de fotos.
A mudança veio em boa hora. E agora, os médicos podem divulgar seus serviços, desde que preservem a medicina como atividade meio.
As novas regras do CFM visam promover a ética e a transparência nas práticas de comunicação dos médicos com o público. Visa também garantir que os médicos tenham orientações mais precisas sobre o que constitui publicidade médica, seja ela online ou offline.
As novas regras do CFMA
Entre as principais mudanças que a nova resolução trouxe, podemos destacar:
Uso de testemunhos de pacientes
É muito comum pacientes publicarem elogios e agradecimentos aos seus médicos nas redes sociais.
E agora, o médico poderá repostar esses depoimentos em suas redes para demonstrar seu compromisso com o atendimento de qualidade.
No entanto, o depoimento deve ser sóbrio, sem adjetivos que denotem superioridade ou induzam a promessa de resultados.
Antes e depois
Demonstrações de antes e depois devem ser apresentadas em conjunto com imagens contendo indicações, evoluções satisfatórias, insatisfatórias e possíveis complicações decorrentes da intervenção.
Se possível, mostre a perspectiva de tratamento para diferentes biotipos e faixas etárias, bem como a evolução imediata, mediata e tardia.
Uso de imagens do paciente
Antes era expressamente proibido o uso de imagens do paciente, ms agora elas podem ser usadas, obedecendo os seguintes critérios:
- o material deve estar relacionado à especialidade registrada do médico;
- não pode acontecer nenhum tipo de manipulação na imagem;
- o paciente não pode ser identificado;
- a foto também deve vir acompanhada de texto educativo, ou seja, deve conter as indicações terapêuticas e fatores que possam influenciar negativamente o resultado.
Quando o médico usar imagens de banco de imagens, deverá citar a origem e atender as regras de direitos autorais.
Já quando a imagem for dos arquivos do médico, clínica ou hospital, ele deve ter a autorização do paciente para publicação, bem como respeitar seu pudor e privacidade.
Por fim, a Resolução 2.336/23 autoriza a captura de imagens por terceiros apenas para os partos. Assim, outros procedimentos médicos não podem ser filmados por terceiros, em nome da privacidade e segurança da equipe de trabalho e do paciente.
Divulgação de preços e campanhas promocionais
Agora o médico pode divulgar os preços das consultas, bem como realizar campanhas promocionais.
Divulgação de qualificações em redes sociais
A resolução traz ainda orientações sobre como o médico pode divulgar suas especializações.
O médico com pós-graduação lato sensu, por exemplo, poderá anunciar em forma de currículo esse curso, seguido da palavra NÃO ESPECIALISTA, em caixa alta.
O anúncio como especialista continua restrito aos médicos que concluíram residência médica cadastrada na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), bem como aos médicos aprovados em prova aplicada por uma sociedade de especialidade filiada à Associação Médica Brasileira (AMB).
No caso dos especialistas é preciso divulgar a titulação seguida do número de Registro de Qualificação de Especialista (RQE) registrado no Conselho Regional de Medicina.
O impacto das novas regras do CFM
As redes sociais se tornaram um espaço importante para promoção de várias profissões, inclusive da medicina. Portanto, os médicos precisam de orientação sobre como usar as plataformas ao seu favor de forma responsável.
De forma bem prática, os médicos devem ter um compromisso em evitar a disseminação de informações médicas imprecisas ou não comprovadas, bem como manter um tom profissional em todas as interações online.
Os profissionais de medicina devem estar cientes das novas diretrizes e ajustar suas práticas de marketing médico. Ou seja, eles precisam revisar sites, redes sociais e outros materiais de marketing para garantir a conformidade com as novas regras do CFM.
Vale ainda acrescentar que, mesmo com as mudanças, o médico tem o dever de fornecer informações precisas e honestas aos pacientes.
Quer saber mais sobre como divulgar de maneira correta seus serviços médicos? Leia Ética no marketing médico: como divulgar serviços de acordo com normas do CFM.
Os cuidados na hora de contratar uma agência de marketing médico
Contratar uma agência de marketing digital para médicos deixa muito confusos a princípio. Mas pode ser um passo importantíssimo para o crescimento de sua clínica ou consultório.
O motivo é simples: agências de marketing médico possuem experiência na área da saúde. Ou seja, têm sensibilidade para lidar com todas as nuances da área, como as regulamentações rigorosas do CFM e a necessidade de proteger informações sensíveis dos pacientes.
Por isso, a agência precisa ter conhecimento em estratégias alternativas para conseguir chamar atenção para o negócio e conquistar novos pacientes.
E é aqui onde entra uma agência de marketing médico, que compreende essas complexidades e oferece soluções sob medida.
Por último, contrate uma agência idônea para realizar com você as estratégias de marketing médico necessárias.
Empresas como a DNA Marketing Médico, oferecem diversos serviços como criação de um site profissional, identidade visual, links patrocinados e técnicas de SEO que com certeza levarão seu negócio para outro patamar.
Então, não perca mais tempo, venha conversar com um de nossos especialistas e comece agora mesmo a atrair e fidelizar pacientes com a ajuda do marketing médico!